Faz sentido uma metanewsletter?
Esse é o texto #24 e com ele fechamos o segundo ano de Faz Sentido? No próximo mês, a gente comemora o aniversário de dois anos e segue. E segue? Pergunto para mim mesma, mas dentro de mim já existe a resposta: sim. Pergunto porque penso que é importante questionar e confirmar, ou não, o sentido das nossas escolhas nessa vida. Especialmente aquelas que a gente — de fato — escolheu e não a que fomos submetidas e nos vemos meio sem saída. Talvez a gente precise questionar se realmente não tem saída, ok. Mas o tema aqui é que tem tanta coisa que a gente só segue fazendo e não percebe o por quê.
Não é o caso dessa newsletter. Mês passado me peguei emocionada depois de fechar o texto. Não porque aquele texto era emocionante por si só, mas porque gostei do que eu estava escrevendo e porque percebi que venho crescendo.
Decidi começar essa news um pouco porque tem tanto homem meio bosta se achando o máximo e colocando a cara no mundo como se fosse uma maravilha e eu, tantas vezes, fico com receio de apostar em coisas sobre as quais estudo e estudei por anos — normalmente coloco a cara no mundo também, mas com bem menos segurança.
Decidi começar a Faz Sentido? um muito porque eu queria escrever com mais constância e isso nunca se tornava prioridade, porque eu gostava muito das conversas que surgiam com as pessoas quando eu publicava um texto, mas não gostava nada de contar likes nos meus textos publicados em redes sociais.
Mês passado, eu percebi que eu tinha escrito mensalmente há 23 meses, sem falhar, mas respeitando meus limites, que as conversas que surgem vez ou outra me fazem superbem, que eu não fico na expectativa de que retorno vou receber sobre as news e mais — sinto que a constância melhorou minha escrita e me motivou a escrever mais no meu caderno pessoal também.
A Faz Sentido? é uma tarefa auto-imposta, com prazos auto-impostos e sem nenhum objetivo profissional pré-estabelecido. Seguir importa porque é uma forma de trazer pra vida algo que coloca brilho nos meus olhos e me faz acreditar. A minha alegria e vontade de agradecer a quem lê é inversamente proporcional ao número de assinantes — sim, são poucos assinantes, mas ter muitos nunca esteve no meu horizonte, sempre tive medo de ser mais um conteúdo causando ansiedade na caixa de entrada.
Em meio tantas dúvidas e tantas tarefas a fazer, seguimos. Seguimos mantendo o que é possível manter dentro dos nossos limites — ou dos limites aos quais somos submetidas — , mas sempre tendo aceso algo que nos faz brilhar os olhos, algo que é parte do que somos e do que temos para colocar no mundo. E seguimos comemorando cada pequena conquista.
Escrever importa!
Este texto foi enviado na minha newsletter, Faz Sentido?. Envio textos mensalmente por lá (às vezes alguns links vão junto) e, um tempinho depois, eles vêm pra cá. Então este é o #24 Faz sentido uma metanewsletter? enviado em fevereiro. Clica aqui para receber por email.